Touch DNA na genética forense
O material genético é considerado uma ferramenta essencial nas Ciências Forenses. É estimado que que 99,7% do DNA seja igual entre indivíduos da espécie humana.
Em nosso genoma existem as regiões hipervariáveis, geralmente localizadas entre os genes, que se diferenciam a nível individual através do número de repetições de sequências do DNA, a análise dessas regiões nos permite distinguir uma pessoa da outra, propiciando o que se chama de identificação humana.
O material genético pode ser encontrado em todos os tecidos e fluídos biológicos humanos. Isso inclui, manchas de sangue, sêmen, saliva, suor, e até mesmo cabelos, quando e possível recuperar o bulbo capilar.
Em alguns casos criminais em que não há evidência biológica física e/ou visível, uma ferramenta alternativa vem sendo cada vez mais explorada na investigação criminal, baseada na transferência de material genético derivado de células epiteliais através do contato com objetos. Esse DNA transferido é chamado de Touch DNA, (DNA de contato).
A quantidade de células epiteliais transferidas para objetos é muito variável e geralmente resulta em valores inferiores à 0,3 nanogramas de DNA por digital. Em casos criminais, o autor do crime pode depositar uma quantia de células epiteliais suficiente em objetos tocados que permitem sua identificação através do exame genético por meio de objetos, tais como, a arma do crime, roupas, ferramentas, preservativos, carteiras, vidro, janela, papel, cabos, portas e pedras.
Em 2007, Castella e Mangin realizaram um estudo em que foram utilizadas 1736 amostras de contato provenientes de casos reais, a fim de analisar a relevância da abordagem de amostras de DNA de contato na rotina da investigação criminal. Os autores revelaram ter sido obtida uma taxa de sucesso de identificação em 34% das amostras, totalizando em 398 perfis genéticos viáveis para confronto genético, e assim, possibilitando a identificação de 136 autores de crimes.
Vale ressaltar, que o uso dessas amostras na prática pericial só é possível devido ao avanço das técnicas da biologia molecular, como a PCR, a qual possibilita a realização de genotipagem de amostras que possuem baixa quantidade de material genético.
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