Síndrome da macha branca - WSSD
A carcinicultura é um ramo da aquicultura que se refere à criação de camarões de água salgada e água doce. Os camarões em cultivo podem ser alvo de diversas doenças, entre elas, a Síndrome da Mancha Branca, do inglês, White Spot Syndrome Disease (WSSD), causada pelo Vírus da Síndrome da Mancha Branca (White Spot Syndrome Virus - WSSV). Esse vírus se destaca pela sua alta morbidade e mortalidade.
O primeiro surto da Síndrome da Mancha Branca foi relatado foi na Ásia, em 1992, e desde então o agente se propagou pelos cultivos de camarões ao redor do mundo. Os surtos dessa doença são diretamente relacionados com as condições de manejo, mudanças bruscas de salinidade e/ou temperatura e densidade imprópria.
O vírus WSSV pertence ao gênero Whispovirus, da família Nimaviridae. Sua estrutura viral é descrita como envelopada, de forma ovoide ou elipsoide, composta por DNA de fita dupla circular e medindo em torno de 80-120 nm de diâmetro e 250-30 nm de comprimento.
A sequência genética completa da fita dupla de DNA do WSSV foi descrita em 2001, em que foram identificados 292,967 nucleotídeos e em 2018 pesquisadores conseguiram sequenciar seu genoma completo. Deste então, estão sendo observadas variações genéticas ao redor do mundo, sugerindo que pode ocorrer mobilidade deste vírus de um país para outro.
Na fase aguda da infecção pelo vírus WSSV, os camarões infectados apresentam manchas brancas de aproximadamente 2,0 mm de diâmetro no interior da carapaça, ou também, no interior do exoesqueleto. A presença dessas manchas, responsáveis pelo nome da doença, é resultado de depósitos de sais de cálcio pelo epitélio cuticular infectado pelo vírus. Outras características podem ser observadas, tais como, a redução do apetite, letargia e deslocamento na sua cutícula.
A WSSD é uma doença de grande relevância sanitária e econômica para a carcinicultura, pois pode acabar com cultivos inteiros em poucos dias. Como não há vacina e nem tratamento contra a WSSD, devido a característica de crustáceos não possuírem resposta imune humoral, o melhor tratamento, é a prevenção. A implementação de medidas de biossegurança, monitoramento regular e controle de qualidade da água auxiliam na redução do risco de infecção.
Desta forma, o diagnóstico do WSSV é de extrema importância para a carcinicultura. Técnicas moleculares, como a PCR, permitem uma detecção mais rápida e precisa do vírus em comparação com outras abordagens, sendo assim, crucial para controlar rapidamente a propagação da doença, além de permitir a identificação de fontes de infecção e assim, evitar o impacto da doença em seus cultivos.
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Com tecnologia avançada e reagentes de alta qualidade, esse kit permite uma detecção rápida, sensível e confiável do vírus, possibilitando a adoção de medidas preventivas oportunas e decisões estratégicas para minimizar as perdas econômicas.
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Referências:
DE TORRES BANDEIRA, Jéssica et al. Síndrome da Mancha Branca: Revisão de literatura. Medicina Veterinária (UFRPE), v. 12, n. 3, p. 202-211, 2018.
PEREIRA, Jéssica MP et al. Alternative PCR primers for genotyping of Brazilian WSSV isolates. Journal of invertebrate pathology, v. 162, p. 55-63, 2019.
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